Diereitos autorais: Bonsens-Tono
Diereitos autorais: Bonsens-Tono
Museu Virtual Represa
São José do Rio Preto - SP

História da Represa Municipal

Imagem do Rio Preto em 1940 (Arquivo público)
Porque a Represa foi construída?
Com o crescimento da cidade de São José do Rio Preto a água tratada e encanada se tornou uma necessidade para o progresso do município, assim, em 1938 o prefeito Cenobelino de Barros Serra criou a ONAE (Obras Novas de Água e Esgoto). Porém, a verba viria apenas depois que o interventor federal Fernando Costa foi servido um copo de água da torneira pela primeira-dama rio pretense Chiquinha Domingues. O governador ficou assustado com a cor vermelha da água, e a primeira dama lhe disse: "essa é a água que o povo de Rio Preto bebe". Ele então prometeu verbas para iniciar o tratamento de água em Rio Preto
A Represa é construída
O dinheiro só chegou em 1948, após o Cenobelino se tornar o primeiro prefeito eleito pelo voto direto, iniciando as obras da Represa Municipal e estação de tratamento. Assim, após muitos problemas políticos e financeiros, foram inaugurados o Palácio das Águas e a Represa Municipal em outubro de 1955, na gestão do prefeito Philadelpho Gouveia Neto.

Foto aérea de 1956, Palácio das Águas no centro e a Represa Municipal à direita (Jaime Colagiovanni)
Evolução da Represa
Após três décadas a Represa foi expandida, com a adição do lago III, adicionando 2,38 bilhões de litros à capacidade de armazenamento.
A Represa, que originalmente tinha a capacidade de estocar 4,65 bilhões de litros, em 2014 possuía a capacidade de estocar apenas 502 milhões de litros, mesmo com a adição do lago III. Essa perda de capacidade de estocagem se dá por um processo chamado de assoreamento, onde partículas de sedimento como terra é transportado pelo rio e depositado no fundo da Represa, ele é acelerado principalmente pelo desmatamento de matas ciliares do Rio Preto e de seus afluentes.
Tendo em vista o assoreamento o SeMAE começou em novembro de 2023 o desassoreamento da Represa, ou seja, a retirada do sedimento depositado no fundo, para recuperar a capacidade de armazenamento. Em abril de 2024 o processo se encerrou, sendo retirado 61,7 mil toneladas de sedimento.
Em 1958 o Engenheiro Heitor José Eiras Garcia realizou o Relatório sobre Estudo de Urbanização da Cidade, onde foi apontado, como uma das principais falhas do planejamento da cidade, a falta de espaços livres públicos, e propôs assim, a construção de praças e um parque nos terrenos marginais à Represa Municipal. Porém, só após duas décadas que a prefeitura contratou os arquitetos Jamil José Kfouri e Mithes I. Soares Baffi para realizarem o planejamento paisagístico de São José do Rio Preto, plano este que deu origem ao Parque da Represa Municipal como conhecemos.